Yes, poetinha, feliz aniversário! A você, que chegou numa madrugada do dia 19 de outubro de 1913, em meio a forte temporal, para nos brindar com sua arte, sua inesquecível obra imortal.
Falar sobre a vida, sobre a diplomacia, os nove casamentos, as saudosas/incríveis parcerias com amigos tão geniais quanto ele (e leais, como toda amizade verdadeira deve ser).... desnecessário, aqui.
Deixo alguns fragmentos de poemas seus, para homenagear a ele e a nós, seus fãs.
Houve tempo em que o amor era melancolia
E a tuberculose se chamava consumpção
De geométrico na cidade só existia
A palamenta dos ioles, de manhã...
Mas em compensação, que abundância de tudo!
Água, sonhos, marfim, nádegas, pão, veludo!
(...)
Houve tempo... e em verdade eu vos digo: havia tempo
Tempo para a peteca e tempo para o soneto
Tempo para trabalhar e para dar tempo ao tempo
Tempo para envelhecer sem ficar obsoleto...
Eis por que, para que volte o tempo, e o sonho, e a rima
Eu fiz, de humor irônico, esta poesia acima.
(A Cidade antiga)
(Ideal)
(fragmento)
(fragmento)
O poeta parte no eterno renovamento.
Mas seu destino é fugir sempre ao homem que ele traz em si.
Mas seu destino é fugir sempre ao homem que ele traz em si.
O poeta:
Eu sonho a poesia dos gestos fisionômicos de um anjo!
Eu sonho a poesia dos gestos fisionômicos de um anjo!
Rio de Janeiro, 1935
Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: - Nunca fez mal...
Quem, bêbedo, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: - Nunca fez mal...
Quem, bêbedo, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
(A Hora íntima)
Ela é o amor vivendo de si mesmo.
É a que dormirá comigo todas as luas
E a quem eu protegerei contra os males do mundo.
Ela é a anunciada da minha poesia
Que eu sinto vindo a mim com os lábios e com os peitos
E que será minha, só minha, como a força é do forte e a poesia é do poeta.
E a quem eu protegerei contra os males do mundo.
Ela é a anunciada da minha poesia
Que eu sinto vindo a mim com os lábios e com os peitos
E que será minha, só minha, como a força é do forte e a poesia é do poeta.
(A que há de vir)
Olá,
ResponderExcluirAchei essa postagem enquanto procurava conteúdos do Vinicius. Muito bacana o post!
Abraços,
Lu Oliveira
www.luoliveiraoficial.com.br
Olá,
ExcluirObg por ter passado aqui e deixado a msg, Lu. Que bom que tenha gostado! Volte outras vezes!
Visitarei seu site!
Abraços