Claro que as obras de Oscar Niemeyer não seriam produzidas com tamanha criatividade, riqueza e encantamento, não tivesse ele extrema sensibilidade, que tinha na arquitetura seu principal veículo, mas não se esgotava nela. Confiram no poema abaixo!
Na folha branca de papel faço o meu risco.
Retas e curvas entrelaçadas.
E prossigo atento e tudo arrisco
na procura das formas desejadas.
São templos e palácios soltos pelo ar,
pássaros alados, o que você quiser.
Mas se os olhar um pouco devagar,
encontrará, em todos, os encantos da mulher.
Deixo de lado o sonho que sonhava.
A miséria do mundo me revolta.
Quero pouco, muito pouco, quase nada.
A arquitetura que faço não importa.
O que eu quero é a pobreza superada,
a vida mais feliz, a pátria mais amada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita e por colaborar conosco! Continue participando!