sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Terça de carnaval, ferpa de pau, SUS, planos de saúde... Aff!


Já pensei em escrever inúmeras vezes aqui sobre minha exasperação (!!!!!) diante da incrível sensação de desamparo quando nos deparamos com a necessidade de atendimento médico e/ou hospitalar, seja ele emergencial ou nem tanto.

Não preciso discorrer sobre esse sentimento, pois onde quer quer você se encontre – à mercê do SUS ou dos planos de saúde – sabe muito bem do que falo e sinto.  Aliás, não somente você como também – principal e literalmente – sua pele.

Apenas como ilustração, trago aqui um caso ocorrido na última terça-feira, final de carnaval. Pela manhã, um primo – adulto, eleitor, trabalhador, contribuinte etc. - num lamentável acidente doméstico teve uma ferpa de pau inserida no canto de seu dedo polegar. Tesouras, pinças, boa vontade dos familiares, tentativas fracassadas de retirar o corpo estranho... e ele decidiu procurar um atendimento especializado. Foi a um tradicional hospital de Niterói. Informação obtida: para remover essa ferpa, somente um cirurgião e não dispomos de um no momento, no plantão. Orientação dada: procure um hospital público (????).  Informação nossa: o referido hospital é credenciado pelo plano de saúde dele.  Estarrecimento: como assim?  O hospital não tem médico para o atendimento?  Encaminhe-se para o hospital público?  Então foi para isso mesmo que boa parte da população brasileira "optou" por pagar planos de saúde?  Para sermos encaminhados para o hospital público?  Constatação elementar: a sociedade brasileira paga, hoje, pelo equívoco de anos atrás, quando a privatização da saúde foi o canto da sereia daquele momento.   Não teríamos sido mais felizes se nos juntássemos para cobrar fortalecimento do sistema público de saúde?  Sem dúvida que sim.   Mas, nesse caso, como acalmar nossa sede de resolver cada um suas questões e deixar o coletivo para....  ah, sei lá pra quem, desde que não seja pra mim?   Cada um paga seu plano e os demais esperem pelo atendimento público.  Nosso individualismo generalizado empurrou cada um de nós para dar conta do famoso e pouco salutar, nesse e em outros casos, "salve-se quem puder".  E de novo ele se apresenta pra nós, gigantesco agora, imenso.  SALVE-SE QUEM PUDER.  Mesmo!!!!!

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