sábado, 6 de julho de 2013

Centenário de Wilson Batista

     Há cem anos nascia, na planície, goitacá, Wilson Batista.  Participou, ainda criança, da famosa Lira de Apolo  - organizada pelo maestro Ovídio Batista, seu tio.  Tocava triângulo, então.  Frequentou a Escola de Aprendizes Artífices, para aprender marcenaria.  Nessa época, já compunha algumas músicas.  No Rio de Janeiro, então, com 16 anos, compõe seu primeiro samba.
     Foi famosa sua polêmica com Noel Rosa: ambos se "alfinetavam" através dos sambas que compunham.
Segundo seus biógrafos, a polêmica começou com o samba "Lenço no pescoço", em que W.Batista fazia apologia ao malandro, a que Noel respondeu com "Rapaz folgado".  Sua resposta a Noel: "Mocinho da vila".  Mais adiante, o samba "Feitiço da vila", composto por Noel e Vadico, recebeu em troca o samba "Conversa fiada", de Wilson Batista, a que Noel respondeu com "Palpite infeliz".  Entre um desafio e outro, os dois se conheceram e tornaram-se amigos.  Da amizade surgiram várias músicas feitas em parceria, para a felicidade da coletânea de sambas de nossa terra.

Posto aqui a letra de um dos sambas de sua autoria, gravado, como tantos outros seus, por Paulinho da Viola:
Meu mundo é hoje
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim eu sou assim
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim eu sou assim
Meu mundo é hoje
Não existe amanhã pra mim
E sou assim
Assim morrerei um dia
Não levarei arrependimentos
Nem o peso da hipocrisia
Eu sou assim...
Meu mundo é hoje...
Tenho pena daqueles
Que se agacham até o chão
Enganando a si mesmos
Com dinheiro, posição
Nunca tomei parte
Desse enorme batalhão
Pois sei que além de flores
Nada mais vai no caixão

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