
- Deixa que eu puxe, disse eu, é muito pesado para o teu tamanho.
Lentamente,
icei o balde até em cima, e o instalei com cuidado na borda do poço.
Nos meus ouvidos permanecia ainda o canto da roldana, e na água, que
ainda brilhava, via tremer o sol.
- Tenho sede dessa água, disse o principezinho. Dá-me de beber...
E eu compreendi o que ele havia buscado!
Levantei-lhe
o balde até a boca. Ele bebeu, de olhos fechados. Era doce como uma
festa. Essa água era muito mais que alimento. Nascera da caminhada sob
as estrelas, do canto da roldana, do esforço do meu braço. Era boa para o
coração, como um presente
O Pequeno Príncipe - Exupéry
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