Nasceu em Campos dos Goytacazes, aos 02 de outubro de 1867. Em 1909, sucedeu Afonso Pena e tornou-se o sétimo presidente do Brasil, cargo máximo aspirado por um político brasileiro. Do atual distrito de Morro do Coco, onde sua família vivia, até a presidência, Nilo passou por Pernambuco, onde se tornou bacharel em Direito.
Recebeu da elite social campista o apelido de "o mestiço de Morro do Coco", por conta da cor de sua pele. Foi também alvo de charges e anedotas pela imprensa pelo mesmo motivo.
Tendo conhecido um pouco de sua história, em particular no que se refere ao seu casamento, escrevi a alguns anos um poema que compartilho aqui, nesses dias em que se completam 145 anos do nascimento de Nilo, o campista que chegou à presidência do Brasil.
NILO E ANITA
De família aristocrata,
a jovem Anita.
Pequena estatura,
cativante beleza,
orgulho dos pais,
afeiçoados à realeza.
Junho, 1883.,
quando a luz elétrica
clareou primeira vez
a planície goitacá,
o solar de seu avô
foi o que veio a abrigar
o então clã do Imperador.
Instrução requintada:
governanta alemã,
aulas de francês, piano,
alemão, italiano,
e também equitação.
Corpo em forma, mente sã.
Vindo de Morro do Coco,
um mestiço, que ousadia!
Crido a paçoca e pão dormido
por Sebastião da Padaria.
Deputado Federal, uma vantagem.
Porém... sem nobre linhagem!
Em toda a sua existência,
Nilo jamais enfrentou
tão difícil concorrência.
Nunca pleito tão hostil...
Nem à presidência do Brasil!
Essa candidatura, entretanto,
teve forte aliada.
Na terra de Benta Pereira,
"até as senhoras
lutam pelo direito".
A jovem Anita,
nessa divisa inspirada,
fez, à sua hora,
o que precisava ser feito.
E, nesta Velha Província,
um pacto de solidariedade
selou união forte e estável,
das mais duradouras
de quantas aqui se viram.
Tudo isso é memorável.
E é verdade.
Não é história...
Ou é. Das boas!
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